terra de ninguem

Vou até Schiphol e devo jantar lá perto pela marginal de Noordwijk ... até já!

Hoje é dia de me sentir num misto de intelectual/deputado de esquerda. Assim aquele "mau aspecto" clássico, mas com um ar de pessoa preocupada. A indumentária passa por uma camisa decente, um pullover castanho cheio de borboto e a barba por fazer ... o que vale é que amanhã é outro dia!

Há uma música que já ultrapassou as 100 vezes no meu iPod! É a única, as restantes mais tocadas estão na ordem das 60 vezes. Como estou com vergonha, não vou dizer que música é.

Já bem ao estilo de compilação dos "best on" 2008, deixo aquela que seguramente será frase para andar nas bocas do mundo durante alguns meses: "Conforme toca a música ... assim é o baile!"

OST - Clap Your Hands Say Yeah - Satan Said Dance

Ando criminoso sim ... confirmo! E verdade seja dita, não me arrependo da maioria dos crimes que ando a cometer. O problema são aqueles crimes que não correm bem. Aqueles crimes cujas evidências são difíceis de esconder, como se isso alguma vez fosse possível!

Valeu o JP Simões nos Jardins de Inverno e o David Fonseca no Casino de Lisboa ... apertadinhos e quentinhos. Mas também, com o tempo frio que mais posso pedir? Em suma, muito bom! Os Sigur Ros também estiveram bem no Campo Pequeno, mas foi a terceira vez que estive com eles. E uma dor de costas desgraçada e um longo dia nas pernas complicaram as coisas um bocado. Ponto alto: Hoppípolla! Mas sou suspeito, porque esta é das melhores que eles já me deram e desta vez, para não variar, acertaram em cheio ... no ponto! Melhor é impossível.

Mais crimes recomendam-se.

Faz alguns dias que tenho esta música na cabeça, assim quase a todas as horas, The New Pornographers - Challengers

São Pedro do Sul, 7 de Setembro de 2008

"Mas onde ver-te? em que ponto inacessível da minha inquietação? do absurdo da estupidez. A fadiga, a fadiga e nela todo o possível. Porque só no cansaço o milagre, só no desespero a esperança - onde ver-te?"

Em "até ao fim" de Virgílio Ferreira ... já devia estar em casa, adeus!

Vinho e chá,


Lisboa, com a lente suja ...

Dantes era só o dia de todos os santos, sem bem que os santos nunca me disseram muito, mas enfim ... Era dia em que saia de manhã, de casa, com os putos lá do Salão Frio (eu também era puto, não queria com isto estar a dizer que me sentia menos puto que qualquer outro membro deste gang de gente do campo) e corríamos as redondezas com uma sacola de pano para amealhar alguns trocos com os cobres que as pessoas nos davam. Nessa altura ainda não era o dia de todos os santos, mas antes o dia de ir pedir os santinhos! E claro, mais um dia em que não havia escola, que só por isto já era motivo suficiente para muita paródia. Nos tempos que correm, estes dias modernos, importámos esta mania de chamar o "dia de bruxas". Como se noutros dias não as houvesse, enfim ... aqui em casa temos uma que gosta de se bambalear pelo chão da sala ...