quinta-feira, março 17, 2005

 
O cristo-rei, o rio, a ponte e uma vez mais: lisboa ... 



 
Está a ser bem mais difícil…
Afinal de contas, para além da roupa para vestir e da comida para comer poucas são as decisões que sei tomar em menos de 30 minutos. Sou uma pessoa indecisa!
Não preciso de escrever muito mais acerca disto. Já tentei mudar. Quando acordei para a vida, e percebi que o mundo é farto em pessoas aparentemente decididas e acima de tudo muito determinadas. Obviamente, supondo ser a causa de todos os meus acesos de pânico, exorcizei as minhas indecisões. Tornei-me em mais um carneiro do rebanho.
Hoje aceito as minhas indecisões da mesma forma que aceito o ar que me entra nos pulmões. Já não acompanho o rebanho! Agora sou um carneiro mais realizado, mais independente, mais dependente, mais optimista e sobretudo mais feliz.

“MMM” => “Mão Morta – Morgue”

sexta-feira, março 11, 2005

 
Tudo podia estar bem. O meu estudo tem tudo para estar finalmente bem e os meus dias têm tudo para ser verdadeiramente bons. Tudo devia estar realmente bem, tão bem como nunca esteve.
Começo a ver oportunidades para fazer muitas das coisas que até há pouco tempo pensava estarem demasiado distantes. Começo a sentir na pele as escolhas que faço, mas principalmente o peso das que optei por não fazer. Já sei viver com alguns dos caminhos paralelos e oblíquos que constantemente se cruzam na frente dos meus olhos. Mas ainda continuo sem saber lidar com a grande maioria das situações inesperadas.
Acabei de limpar a casa de banho, a sala e o meu quarto. Amanhã aspiro o chão, afinal de contas já é tarde e noite profunda para as pessoas que moram por baixo, por cima e dos lados.
Arrumar o quarto com todo o processo de optimização de todos os pequenos detalhes, implica, sem que me aperceba disso, na optimização de muitos detalhes por dentro da cabeça. Há quem chame por a casa em ordem, eu digo que estive a arrumar ideias. Aproveitei e o quarto ficou novamente limpo. Pena que não possa dizer o mesmo para o resto.
Sinto-me vulnerável, tenho os meus detalhes presos por fios, que desesperadamente tento atar ao chão para não se partirem.

"Lali Puna - Don't Think"