quarta-feira, dezembro 01, 2004

 
A minha vida tem sido uma sucessão de momentos que embora pareçam encadeados uns nos outros, não passa de uma enorme confusão de histórias. As que tenho para contar, as que não quero contar, as que gostaria de contar, as que não sei contar e também aquelas que não vou viver nunca.
Da mesma maneira que estava perdido quando te encontrei. Continuo à mesma perdido! Mesmo passado este tempo todo. Na confusão dos dias, das peças do puzzle que vou construindo a cada instante, foste todo um quadro que não tem margens. De maneira que não sei onde te possa encaixar tendo em vista o resto da pintura. Tudo o que vivemos, foi uma história igual a tantas outras. Houve o principio de tudo e o principio do nada. Não sei onde ficamos. Não sei se vais esperar por mim. Imagino que sim, mas sinto que isso não vai acontecer. É daquelas sensações que por vezes me fazem adivinhar o tempo, os dias e as pessoas. Logo tu, a quem eu conheço como mais ninguém. Por mais racional que possa seguir nas tuas deduções, acabo invariavelmente por prever as tuas escolhas verdadeiras.
Achas que isto me incomoda? Pode até incomodar, mas na verdade te digo, que tenho horas que este dom me dá algum controlo. Para ter a sanidade mental que preciso para viver os dias. Já disse "dias" demasiadas vezes neste dia. E já fazem muitos dias que não sei nada de ti. Nem dos teus dias! Tantos dias como os dias que podia apanhar a tua mão quando ma davas e os teus olhos quando me fulminavas. Pensavas que ficava para sempre contigo? Não tenho que pedir desculpa! Não fui eu quem te roubou, roubaste-me, e eu gostei. Porque foste tu e não outra. E também sabes o quão grato eu estou, porque no mesmo dia em que me perdeste, acabaste por me salvar.

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