sexta-feira, outubro 28, 2005

 
Deixa-me ouvir o que não ouço...
Não é a brisa ou o arvoredo
É outra coisa intercalada
É qualquer coisa que não posso
Ouvir senão em segredo
E que talvez não seja nada


Foi mais ou menos há 6 anos, que encontrei estes versos, de Fernando Pessoa, escritos num jardim em Lisboa. Escrevi-os nas costas de um mapa de estrelas que me acompanhou durante estes anos todos. Aprendi a reconhecer muitas das constelações que lá estão representadas, mas foram os versos escritos que tornaram o papel velho e rasgado, num bem valioso que andava comigo dentro da carteira.

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