terra de ninguem

Este texto, acompanhado com estas fotografias, está para sair desde Setembro. Queria mostrar o que foram os dias que passei na Holanda. Estive em Amesterdão, Leiden e no centro da ESA chamado ESTEC. Foi a primeira vez que me pagaram para viajar uns dias. Ainda por cima não fui fazer nada de importante, a sério que não. Ouvi discutir muita coisa e falei muito pouco. Se tivesse ficado em casa tinha aprendido quase o mesmo. Profissionalmente falando claro está! Porque ao nível emocional foi um desafio tremendo receber a confiança para representar lá por fora aqueles que me dão o ordenado. Isso é muito bom. Foi também a minha primeira vez fora de casa, sozinho e tão longe. Até então tinha ido uma vez a Badajoz na acelera e uma ou outra a Valência de Alcântara apenas pelo ir ao estrangeiro. Gostei de Amesterdão ... demasiado pequeno, um dia chega para ver tudo o que interessa. O resto é Holanda no seu melhor: organização levada ao extremo. São tão arrumados que mete nervos, tudo tem a forma de rectângulos. A maior parte dos terrenos rurais são delimitados por canais paralelos e perpendiculares. Até as florestas arrumam, aquando das deslocações de comboio, não consegui ficar indiferente à forma irritante de plantar pinheiros segundo linhas precisas. Enfim, serei eu demasiado latino? É bem possível. Pelo que vi, por estes lados, os gatos não desaparecem quando mal damos por eles. Deixa-me intrigado se serão estes gatos geneticamente muito diferentes dos nossos ou antes as pessoas que geneticamente já deram alguns pequenos passos que nós cá pelo Sul ainda estamos a adivinhar? Fica mais uma pergunta por responder.
O que menos gostei nesta viagem foi o facto de viajar sozinho. É uma seca! Quem diz o contrário ou foge à verdade, ou não tem amigos ou então, pior ainda, não tem nada de especial para deixar neste mundo.

Bicicletas,


Os gatos que não fogem,


Amesterdão,


Barcos,